quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

48ºFórum Económico Mundial

Está reunido em Davos (Suiça) o 48º Fórum Económico Mundial e onde, apesar da tempestade de neve que tem dificultado o acesso à região, estão reunidas cerca de 3.000 individualidades  (chefes de Estado e de Governo, banqueiros, académicos, ambientalistas, cientistas, artistas e empreendedores) que estão a discutir e a apresentar as suas perspectivas sobre os mais variados assuntos, tais como - geopolítica, investimento, crescimento económico, política monetária e cambial, fiscalidade, comércio de matérias-primas, energia, alterações climáticas, terrorismo etc.
Neste Fórum realizam-se diariamente mais de 200 conferências, debates e encontros ao mais alto nível. As principais discussões e os principais negócios acontecem em salas privadas, em festas e em salas dos hotéis, tudo longe dos olhares dos jornalistas.
O bilhete para participar na Cimeira custa 15.000 euros, mas para comprá-lo é necessário ser membro da organização. A subscrição mais barata custa 40.000 euros e a mais cara, reservada às grandes empresas, como a Google ou o Facebook ultrapassa os 500.000 euros anuais.
O hotel mais barato da região, na altura da Cimeira, custa 500 euros/noite e uma semana num chalé privado pode custar até 115.000 euros.
Davos recebe perto de 1.700 jatos privados durante a Cimeira e voar de helicóptero desde Zurique ronda os 2.800 euros.
Cerca de 5.000 soldados fazem a segurança local e o espaço aéreo de Davos é restringido durante a reunião.
O tema oficial da reunião deste ano é " CRIAR UM FUTURO COMPARTILHADO NUM MUNDO FRATURADO". O nosso País para além de tentar resolver o problema político e judicial que temos com Angola, apresenta-se nesta reunião com uma forte representação e vai tentar promover a "MARCA PORTUGAL" de modo a atrair investimento , que possibilitem o nosso crescimento económico.
Nesta reunião a organização humanitária OXFAM apresentou mais uma vez um estudo  alertando o Mundo para um grave problema que, se não for devidamente estudado e, sobretudo, atacado, terá efeitos perniciosos na nossa vida colectiva. Refiro-me ao problema das desigualdades sociais existentes no mundo e que geram a biliões de pessoas faltas de esperança no futuro e, consequentemente, levam ao desespero e à revolta. Na minha óptica, conjugando estas desigualdades sociais com os extremismos e fundamentalismos existentes em muitas partes de Globo, estaremos a caminhar para que, dentro de poucos anos, estejamos confrontados com uma III Guerra Mundial.
Segundo o estudo da OXFAM quase metade da riqueza mundial está nas mãos de apenas 1% da população e calcula-se que, dentro de 1 ou 2 anos, a fortuna acumulada pelos 1% mais ricos ultrapasse a dos restantes 99% da população mundial.
Será justo e socialmente aceitável viver num Mundo  onde 1% da população tem mais do que todo o resto?
Está. portanto , a criar-se um barril de pólvora que pode explodir a qualquer momento, pois estamos a construir, insensatamente, um Mundo de desigualdades sociais, de miséria, de ódios e de violência.
Precisamos de criar uma nova mentalidade que tenha novas respostas para os graves problemas sociais existentes, diminuindo as obscenas desigualdades de rendimentos.
ESTOU CONVENCIDO QUE NÃO VAI SER A CIMEIRA DE DAVOS QUE VAI RESOLVER ESTES GRAVES PROBLEMAS SOCIAIS.
OS 3.000 PARTICIPANTES REGRESSARÃO FELIZES E CONTENTES AOS SEUS PAISES
 E PODERÃO DIZER A TODOS OS AMIGOS - EU ESTIVE EM DAVOS .

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