sexta-feira, 13 de julho de 2007

Unidade Móvel de Saúde





Foi hoje apresentado aos arouquenses a " UNIDADE MÓVEL DE SAÚDE" que, a partir de 15 de Agosto, vai estar, sobretudo, ao serviço dos mais idosos, dos que vivem em lugares isolados e dos que dispõem de menor mobilidade.
Arouca é um Concelho com 327 Km2 de área, onde vivem 24.000 habitantes, espalhados por mais de 200 lugares.
Foi possível colocar esta " UMS" ao serviço dos arouquenses, fruto duma proveitosa parceria estabelecida entre a Câmara Municipal de Arouca, a ADRIMAG(Leader + )e o Centro de Saúde de Arouca.
A partir de 15 de Agosto, esta Unidade Móvel de Saúde vai prestar serviço:
- de proximidade junto daqueles que, por falta de transportes públicos ou por isolamento, não têm possibilidade de serem atendidos no Centro de Saúde
- de prevenção e vigilância da saúde, de rastreio e controle de hipertensão e diabetes, de campanhas de vacinação, de combate à obesidade infantil, enfermagem domiciliária e cuidados a acamados.
Esta " UMS" representou um investimento inicial apreciável em equipamentos, vai ter despesas partilhadas com pessoal de enfermagem, motorista, gasóleo e consumiveis.
No futuro, no entanto, estas despesas vão representar uma diminuição nos encargos do SNS em Arouca, pois todas as despesas feitas na prevenção, aliviam os encargos futuros do SNS.
O acesso aos cuidados de saúde é um direito constitucional. Apesar das dificuldades económicas do País, temos que nos orgulhar do SNS que temos. Ultrapassamos , em muito, a qualidade de serviços de saúde de muitos paises mais evoluidos.
Os serviços de saúde do País apresentam algumas fragilidades a que não são estranhos factores sociais como - a pobreza, a desigualdade social, o envelhecimento da população, a reduzida mobilidade e o isolamento da população.
Compete ao Estado garantir uma oferta aceitável de cuidados de saúde primários. Neste momento, os Municipios não têm competências especificas atribuidas neste domínio, No entanto, a ANMP está, neste momento a negociar com o Governo a transferência de competência neste dominio.
Dado o grau de proximidade com as populações, estou convencido que os Municipios vão estar à altura de assumir novas responsabilidades nesta área.
Para que as populações saiam beneficiadas, é necessário que sejam transferidos para as autarquias os envelopes financeiros indispensáveis, para garantir um serviço de qualidade, sobretudo, quando os municipes estão mais fragilizados.

terça-feira, 10 de julho de 2007

Excesso de velocidade



Há dias foi julgado, em Espanha, um construtor civil com a idade de 27 anos, por ter sido autuado 38 vezes a conduzir o seu potente automóvel, normalmente, a velocidades superiores a 200Kms/hora, nos últimos 10 meses.
É obra!
Uma das vezes foi apanhado pelo radar a circular a 230Kms/hora.
Foi condenado a um ano de prisão efectiva, ficou proibido de conduzir durante 4 anos e foi obrigado a pagar 7.300 euros.
O jovem construtor português alegou em sua defesa que tinha necessidade de se deslocar rapidamente para as muitas obras de que era responsável na Galiza, em Castilla-Leon e em Huelva.
O jovem empresário confessa que, agora, não sabe como ultrapassar esta grave situação, pois não pode dirigir e acompanhar as obras estando preso.
Mesmo que ele não tenha tido acidentes, ultimamente, tem que reconhecer que conduziu de forma irresponsável e que poderia ter causado perda de vidas humanas, para além de danos materiais.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Desilusão


Foi com muita desilusão que vi a selecção de futebol Sub-20 perder, ontem, com a Gâmbia por 1 - 2, para o Campeonato Mundial.
A equipa pareceu-me apática, com uma defesa desatenta e permeável, sem garra , sem brio e sem alma para ganhar um desafio que era fundamental para passar, directamente, para os oitavos-de-final.
Passamos, indirectamente, aos oitavos-de-final , porque outras equipas nos facilitaram a vida.
Eu gostaria que a nossa selecção tivesse passado por mérito próprio e não por demérito de outras equipas.
O resultado obtido ontem pelos Sub-20 perante uma equipa que jogou muito tempo da 2ª parte com apenas 10 jogadores, permite-me augurar que, infelizmente, não vamos ter futuro neste Mundial.
Já nos Sub-21, há pouco tempo, fomos eliminados e o mesmo selecionador apresentou como desculpa para a derrota da nossa selecção, porque a "equipa contrária tinha sido cínica"
Que justificação esfarrapada!
Não percebo como é que atletas que pensam fazer do futebol a sua profissão, tenham um comportamento, em campo, tão displicente.
Nestes campeonatos andam "olheiros" a tentar descobrir novos talentos futebolisticos, que são, posteriormente, pagos a peso de ouro.
Porque é que estes atletas sabendo deste facto, não fazem de cada jogo em que participam a demonstração efectiva dos seus talentos?
A esta selecção falta-lhe ambição, querer, desejo de vencer e espírito de conquista. É um pouco o espelho de muito do que se passa no nosso viver colectivo, infelizmente.
NOTA FINAL
Valha-nos, ao menos, a equipa das quinas que venceu a 3ª edição do Mundialito out door de Futsal, realizado em Monte Gordo e a equipa de vela na classe de star ter conseguido ficar apurada para os Jogos Olimpicos de Pequim 2008.

domingo, 8 de julho de 2007

Recriação histórica




A Câmara Municipal de Arouca organizou, durante este fim de semana, uma recriação histórica do modo como se vivia no Mosteiro de Arouca, há 200/300 anos.
O Mosteiro de Arouca cresceu muito depois de, no ano de 1217 ,a Rainha Santa Mafalda, neta de D.Afonso Henriques, aqui ter recolhido como padroeira, depois da anulação do seu casamento com D.Henrique I de Castela, decretada pelo Papa Inocêncio III, por falta da dispensa devido ao parentesco próximo dos conjugues.
Ao longo dos séculos, viveram no Mosteiro de Arouca centenas de damas da maior linhagem portuguesa, o que trouxe prosperidade e prestigio ao Convento. O Mosteiro veio a perder o seu poder polarizador de desenvolvimento material e espiritual da região no século XIX, com o liberalismo que se instalou no País e com a extinção das Ordens Religiosas.
A recriação histórica levada a efeito teve a participação de 200 figurantes das dezenas de associações culturais e recreativas existentes no Concelho.



No terreiro exterior ao Mosteiro houve artesãos a trabalhar nos seus vários oficios, venderam-se produtos agricolas e doçaria conventual e funcionaram 3 tabernas.
Dentro do Convento foram recriadas cenas retratando as monjas a receber os familiares, a bordar e a pintar, as noviças a entoar canto gregoriano, as criadas(cada freira tinha pelo menos 1 criada) a regar o jardim e a preparar a ceia.
A ceia, presidida pela Madre Abadessa, foi servida a cerca de 150 pessoas, numa das salas do Mosteiro, sendo a ementa a seguinte :
-caldo crespo(caldo de carne com legumes e feijão)
-entrecosto grelhado(comido à mão com o auxilio dum espeto de madeira ou sobre uma fatia de pão
-vinho e água
-pão alvo e pão meado
-bola de S.Bernardo e fruta
No final da ceia conventual teve lugar a reunião do Capitulo, sob a presidência da Abadessa e com a presença de toda a comunidade religiosa. Nessa reunião foram tratados assuntos da vida conventual( inclusivé chamadas de atenção a atitudes menos correctas registadas no seio da comunidade).Ainda hoje usamos a expressão " chamar alguém a capitulo.
Enquanto decorria a reunião do Capitulo, as criadas supervisionadas pela "celeireira", distribuiam esmolas aos pobres no Terreiro do Mosteiro